Cultura da Interface: Como o computador transforma nossa maneira de criar e
se comunicar.
Capítulo V- Texto
Segundo a apresentação do
autor o empreendimento deste livro é discutir a revolução digital em que a
sociedade atual esta imersa e, por conseguinte, suas transformações na forma de
criar e se comunicar. Com o objetivo de ser destinado à profissionais de design
de interface gráfica, acabou alcançando um público mais amplo, entre eles,
administradores, cientistas da computação, literários e etc. O desdobramento
foi, portanto, com satisfação e surpresa do autor, uma boa aceitação em campo
mais amplo onde residem aqueles interessados na representação da informação. No
capítulo cinco intitulado: Texto, ele
trata, de maneira bastante genuína, como os processadores de texto transformam
nossa forma de escrever e até mesmo, nossa maneira de pensar a escrita. Estas
novas experiências textuais fizeram-lhe refletir sobre como a tecnologia, ou
melhor, o computador, numa perspectiva evolutiva, foi tomando espaço na sua
vida desde sua infância (12 anos) até os dias atuais. Através de uma espécie de
“retrospecto pessoal”, ele analisa como o surgimento de um computador em sua
casa alterou profundamente sua relação com a informática, embora ainda evitasse
a escrita direta na máquina, sua familiaridade com os softwares de processar
textos já estava encaminhada.
Somente uma ou duas décadas depois é que Steven
Johnson se vê inteiramente dependente do computador. “Não é a vida sem
computadores que me deixa perplexo; é a vida durante o estranho interregno
depois da aparição do computador em nossa casa”. (JOHNSON, 2001, p. 129). Desta
forma, o autor elenca inúmeras situações e tarefas cotidianas que o computador
se torna imprescindível no modo de comunicar e estar no mundo. No caso
específico do ato de escrever, ele nos coloca questões em torno de como o seu
modo de pensar é dinamizado quando interage com os recursos dos softwares de
textos, o que permite uma série de vantagens como fluidez, ritmo, volume e
criatividade. Neste processo, seu foco é apontar como a cultura da interface e os sujeitos que a operam, estão envolvidos numa
função cognitiva de interação homem e tela do computador, na medida em que,
visam atender as necessidades dos usuários, bem como criar uma paisagem da
informação mais acessível.
Assim, a tecnologia digital tem avançado
surpreendentemente nos últimos 50 anos e os desafios mais audaciosos que se
colocam para o futuro é, criar uma máquina cuja função, nas palavras de Steven,
seja “triturar significados”.
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